domingo, 2 de abril de 2017
Valeria Aparecida Valeze Cocolete 1º Semestre de Pedagogia - APRENDENDO CIÊNCIAS EM UMA CLASSE HOSPITALAR
Em tempos em que, na construção da cidadania, é preciso incorporar no universo cultural
a ciência e a tecnologia como atividades sociais, com origens e fins sociais, compromissados
politicamente com a sociedade, o ensino na modalidade pedagogia hospitalar representa um
desafio também para o docente de Ciências. Com este desafio, amplia-se, também, a
necessidade de se explorar aspectos e as especificidades desse cenário de aprendizagem na
formação de professores. Esta constatação tem, também, por base as inserções do Programa
de Extensão “Educação em Ciências para o Século XXI” (desenvolvido na Universidade
Regional de Blumenau), que desenvolve ações de apoio teórico e metodológico de professores
em diferentes contextos de Educação Científica.
Pode-se contatar que atuar no lugar de docente em uma classe hospitalar requer, além do
conhecimento da área de ciências e do conhecimento didático, saberes específicos desse
contexto. Com os resultados da prática educativa realizada pode-se concluir que o
planejamento das atividades em ensino de Ciências precisa ter o rigor do compromisso dos
objetivos educacionais, porém precisa ter a flexibilidade para atender estudantes de diferentes
anos, patologias distintas, das expectativas dos familiares, buscando sempre que os pais
interajam e participem das atividades com os filhos, além da rotatividade das internações e o
cumprimento das rotinas do hospital.
Ao observar cada paciente-estudante durante as atividades podem-se entender
principalmente as palavras de Ceccim, quando escreve que ao dispor do
atendimento em classe hospitalar, mesmo que por um tempo mínimo, permite a este sujeito
“desvincular-se, mesmo que momentaneamente, das restrições que um tratamento hospitalar
impõe e adquirir conceitos importantes tanto à sua vida escolar quanto pessoal, [...] e podendo
sentir que continua aprendendo e indo à escola, portanto, renovando seu ser criança e
renovando potências afirmativas de invenção da vida”.
Nesta direção, observa-se com o estudo que um dos principais resultados da relação entre
educação tecnocientífica e saúde para uma criança/adolescente hospitalizada é a possibilidade
da construção de aprendizados. Pode-se concluir que no espaço e tempo em que estudantes
estão internados é possível vivenciarem práticas educativas que lhes favoreçam o
desenvolvimento da atitude curiosa e reflexiva para suas práticas no cotidiano e a elaboração de conhecimentos científicos e tecnológicos que contribuam para a explicação de fenômenos
de sua realidade, como os de saúde que estão enfrentando no tempo de internação no hospital.
Ainda, destaca-se a relevância dessas práticas como estágio curricular na formação inicial do
professor de Ciências.
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