Tecnologia na Educação: a sala de aula está mudando de cara!
TECNOLOGIA NA EDUCAÇÃO BRASILEIRA
Colégios particulares e públicos entram na onda da virtualização do ensino.
Inspiradas pela ideia de unir tecnologia e educação, escolas brasileiras também adotaram metodologias inovadoras para tentar melhorar o ensino. Uma delas é a Escola Municipal André Urani. Localizada na comunidade da Rocinha, uma das mais humildes do Rio de Janeiro, a escola pública não lembra em nada uma escola tradicional.
Em vez de cadeiras enfileiradas, a escola optou por mesas distribuídas pela sala, onde os alunos podem sentar em grupos para estudar. Os tradicionais quadros negros de giz foram substituídas por modernas lousas inteligentes. E os cadernos, lápis e canetas deram lugar a notebooks.
O modelo de ensino foi implementado em 2013 como parte do projeto Ginásio Experimental de Novas Tecnologias Educacionais (Gente), uma parceria entre a Secretaria Municipal de Educação, o Ministério da Educação e a iniciativa privada.
E COMO FICA O PAPEL DO PROFESSOR?
Com o novo sistema, profissionais da educação podem se perguntar: qual o papel do professor neste novo mundo da tecnologia?
Os professores do colégio carioca André Urani continuam desempenhando uma função fundamental. Acompanhando o desempenho dos alunos, tirando dúvidas e guiando-os pelos sites da internet, eles atuam como mentores e elogiam o sistema tecnológico.
“Em uma aula de Ciências, a gente fala de uma doença e as crianças procuram na Internet. Facilita muito. Antes ficávamos presos ao que víamos na apostila, mas agora eles mesmos podem procurar no Google sobre o que a gente está falando”, disse a professora Márcia em entrevista ao site do Gente.
Os professores do André Urani explicam de forma clara o que inúmeros educadores e analistas educacionais confirmam: a tecnologia chegou para auxiliar o professor a produzir e conduzir uma aula mais rica, porém sempre como coadjuvante. O elemento humano ainda é muito necessário a fim de guiar os alunos pelos rumos certos da educação.
TABLETS – OS NOVOS AUXILIARES DA EDUCAÇÃO
A Escola Municipal André Urani não é a única brasileira a adotar a tecnologia no processo de ensino-aprendizagem.
Entre as diversas escolas particulares que estão apostando na tecnologia, destaca-se o tradicional Colégio Dante Alighieri, de São Paulo. Desde 2002, a instituição tem uma relação próxima com a tecnologia. Nesse ano, foram adotadas as lousas inteligentes. Desde então, a escola implementou também redes wi-fi, notebooks e, nos últimos anos, todos os alunos do Ensino Médio fazem uso diário de tablets.
“Ferramentas como os tablets são direcionadas para o mercado, mas precisamos questionar e buscar formas adequadas de adaptá-las e inseri-las na escola”, explicou Valdenice Minatel, coordenadora-geral de Tecnologia da escola.
“Estamos formando alunos para a vida, que é repleta dessas tecnologias, então é fundamental oferecermos esse tipo de preparo, que pode até ser decisivo na carreira profissional deles”, complementa Valdenice.
Em 2015, na cidade de São Caetano do Sul, do ABC paulista, todas as escolas municipais também empregaram o uso do tablet para alunos do 5º ao 9º ano do Ensino Fundamental. No total, foram mais de 6.300 tablets distribuídos pela rede de ensino do município. Além deles, as escolas estão recebendo também a infraestrutura necessária para o funcionamento e a manutenção dos equipamentos.
No mês de fevereiro de 2015, a cidade paulistana foi apontada como a melhor cidade do Brasil em Acesso Digital ao Conhecimento, prêmio concedido pela revista ISTOÉ e pela agência de classificação Austin Rating.
“Todas as nossas escolas estão equipadas com lousas digitais e os alunos utilizam tablets e notebooks como ferramenta de auxílio ao aprendizado”, disse Ivone Braido Voltarelli, secretária municipal de Educação de São Caetano. “A tecnologia não substitui os professores, mas os ajuda na tarefa de levar conhecimento aos jovens”.
Ao observar esses exemplos, é possível notar como as novidades tecnológicas estão sendo empregadas em escolas para auxiliar e enriquecer o processo de ensino-aprendizagem. Ainda mais importante do que a tecnologia, entretanto, são os métodos inovadores que se tornam possíveis graças ao uso de equipamentos cada vez mais modernos. Se feita corretamente, a união entre tecnologia e metodologia poderá representar o futuro da educação – mais individualizada, interativa e melhor para alunos e professores.
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